domingo, 21 de novembro de 2010

Metabolismo de carboidratos

Os principais sítios envolvidos na digestão de carboidratos são: A boca e luz intestinal. Uma dieta mista entre derivados vegetais e animais contém poucos monossacarídeos , que estão prontos para serem abosvidos.
A digestão de carboidratos começa na boca, os polissacarídeos como glicogênio e amido, sofrem mastigação e ação da ptialina= alfa-amilase salivar que quebra as ligações alfa-1,4, por hidrolise. A enzima alfa-amilase salivar não tem ação sobre ligações alfa-1,6 e ligações beta, como as presentes na celulose, desta forma não temos capacidade de absorvê-la. Na boca o glicogênio e o amido são hidrolisados parcialmente se tornando oligossacarídeos. Quando o alimento chega ao estômago a afla-amilase é inibida pelo pH ácido do mesmo. É neste local que se forma o quilo.
A digestão continua no intestino, onde enzimas como a alfa-amilase pancreática produzidas pelo pâncreas começam a atuar uma vez que o pâncreas também secreta bicarbonato com função de neutralizar o ácido que foi trazido do estomago pelo quilo. O pâncreas é considerado netse caso um dos principais órgãos responsáveis pela digestão.
A digestão final acontece na mucosa intestinal onde dissacarídeos e oligossacarídeos são minimizados. A adsorção de monossacarídeos ocorre em maior parte no jejuno superior e no duodeno. Para este processo não é necessária a presença de insulina.
A degradação anormal de dissacarídeos pode levar a diarréias osmóticas, e a flatulência. Também existe uma doença bem comum conhecida como intolerância a lactose, ocorre por deficiência da enzima beta-galactosidase, o tratamento consiste em remover a lactose da dieta.

Gliconeogênese

A gliconeogênese pode ser entendida como a síntese de glicose pelo nosso organismo, a partir de substância que não são carboidratos. Cérebro, hemácias, medula renal, cristalino e córnea ocular, testículos e músculo em exercício usam glicose como combustível metabólico. Se tivermos ausência de glicose na dieta o glicogênio armazenado pode fornecer energia durante 10-18 horas. Em caso de jejum mais prolongado a glicose é formada a partir de precursores como o lactato, piruvato, glicerol e alfa-cetoácidos. 90% da gliconeogênese ocorre no fígado e 10% nos rins.
A regulação da gliconeogênese é realizada pelo glucagom, que estimula, pela insulina que inibe e também pela disponibilidade de substratos para a síntese.

GLICÓLISE

É a rota em que ocorre degradação da glicose para fornecer energia para nosso organismo sob a forma de ATP. Alem disso pode formar intermediários para outras rotas metabólicas, como por exemplo precursores da ribose. Todos os açúcares (Carboidratos) da dieta são convertidos em glicose, sejam eles frutose, lactose entre outros. No final desta rota temos formação de duas moléculas de Piruvato.
A glicólise pode ocorrer de duas formas distintas: com ou sem a presença de Oxigênio.
A glicólise sem presença de oxigênio é chamada de anaeróbica. Para cada molécula de glicose que se transforma em duas de lactato, são produzidos duas moléculas de ATP.
Esta via é muito importante como fonte de energia para tecidos e células que não possuem mitocôndrias. Sendo estes a medula, os eritrócitos e leucócitos. Além de ser uma fonte rápida para produção de energia rápida para o músculo esquelético humano.
A glicólise que depende da presença de Oxigênio é dita como Aeróbica.Onde uma molécula de glicose gera duas moléculas de ATP e duas moléculas de NADH. Cada NADH após doar seus elétrons na cadeia respiratória tem capacidade de gerar 3 moléculas de ATP. Os produtos finais desta via serão utilizados no ciclo de Krebs para a liberação completa da energia derivada da glicólise.

Notas Clínicas:
Lactato sanguíneo: O níveis de lactato sanguíneo fornecem detecção rápida e precoce do débito de oxigênio nos pacientes ou atletas.